É sabido que todas as sensações físicas, que nos dão a noção da existência do universo exterior e do nosso corpo, são interpretações sensoriais do cérebro, e que na repetição criam-se padrões, estabelecendo um código comparativo e a partir daí se constrói a realidade comum e pessoal dos indivíduos. Estabelecido isso, vamos observar como esta realidade é percebida através dos nossos cinco sentidos.
Comecemos com a imagem da forma, cuja percepção para nossa consciência está atrelada eternamente a luz e consequentemente, sujeita a toda fenomenologia inerente a ela. O que nos vemos é o fóton refletido através de uma faixa de frequência, ou seja, na melhor das hipóteses, vemos um reflexo da realidade. Essa dualidade, imagem e reflexo, sempre necessitará ser reconciliada. Ao olharmos num espelho estamos vendo uma harmônica do real, pois estaríamos vendo o reflexo do reflexo e esta é a possibilidade da reconciliação, ou seja, para mentes tridimensionais a reconciliação se estabelece em tripé (o apoio ideal na mecânica tridimensional), este conceito também nos chega confirmado através de toda estrutura trina e tendenciosamente trina que nos rege e que regemos. Não podemos esquecer que na verdade não estamos vendo nada, pois sabe-se que praticamente não existe matéria no átomo. Fundamentalmente ele é feito de campos ondulatórios e que o mínimo de matéria que existe só existe se estiver na presença de um observador. A percepção do espaço/tempo então poderia ser a percepção do movimento distorcido pela velocidade da luz.
Muito bem, vejamos agora a audição, ouvir é ressoar, ou seja, você ouve a conseqüência harmônica do fenômeno, dentro de uma faixa específica de frequências ressoadas e não o fenômeno em si.
E o tato! É a interação atômica das últimas camadas atômicas das matérias que se aproximam, ou seja, de fato você não está tocando ,estamos é percebendo esta interação atômica e interpretando-a.
A gustação e o olfato são formas do tato.
Gostaria agora de abordar os sentidos em dois grupos que poderíamos classificar como os ondulatórios (visão e audição) e os corpusculares (tato, olfato e gustação) esta classificação é simplista, serve somente como forma de tentarmos entender melhor a construção da “realidade”.
Observemos que os sentidos ondulatórios são contemplativos e que os sentidos corpusculares são para a percepção de a matéria pôr mais sutil que esta manifestação possa ser dentro dos nossos parâmetros sensoriais. Porem a interpretação de qualquer um deles ocorre dentro de seu universo íntimo e único, podendo nos demonstrar que percebemos faixas de frequências distintas de um mesmo todo, percebido e interpretado segundo nosso estado de evolução cognitiva.
Aí você poderia me perguntar: E o universo comum, aquele que todos nos “chamados de normais”, achamos perceber da mesma forma? Existem muitas formas de reconciliação, mas duas a meu ver são mais fáceis e primárias.
- Primeiro, os nossos códigos pessoais são devidamente imprecisos, dando margem a infinitas interpretações, (não medições), do mesmo fenômeno.
- Segundo, é a interação supra consciente de todas as mentes gerando arquétipos, mitos, ritos, culturas, idiomas, enfim todos os códigos que vêm sendo, são, e continuarão sendo o grande arquivo de toda a evolução da raça humana, como espécie.
O registro de todo este arquivo só existe, porque ele também está totalmente codificado em todas as mentes, e é constantemente alimentado com as experiências individuais de cada mente, estabelecidas pôr um processo hierárquico, onde quanto mais repetitivo dentro de várias mentes, a chance é muito grande de se tornar ético, legal, normal, estabelecido, reconhecido. Já do outro lado àquilo que está na mente das minorias tende a ser antiético, ilegal, anormal, desestabelecido e desconhecido etc...
O algures só existirá se alguma mente “acreditar” na sua existência e o revelar para as outras mentes. Procuremos entender como seria possível a existência da supra consciência, bem como deixar registrado nela uma forma/pensamento. Já ficou claro que percebemos faixas sensoriais de um mesmo todo , muito bem , percebemos também que esta faixa sensorial é comum as mentes , e que para que isto ocorra é preciso que os mecanismos de percepção sejam semelhantes , façamos agora uma ilação mental dentro da lógica, podemos observar que toda a percepção é fruto de interpretações frequenciais que ora nos chega direto como freqüência e ora nos chega como a interação frequencial corpuscular (percepção da matéria), se o cérebro lida sempre com frequencias na percepção e construção mental do universo é razoável pensar que estabelece uma comunicação entre as mentes, através da similaridade , e que isto nos é revelado como realidade comum.
Estes códigos, uma vez estabelecido no supra consciente, migra para os códigos determinantes das características individuais e passa a fazer parte da herança genética da espécie, onde concluímos que, todo o conhecimento adquirido nada mais é que conhecimento reconhecido.
Pensemos agora, pôr exemplo, porque “cadeira” é cadeira.
Houve um tempo em que este conceito não havia sido revelado para a nossa consciência, porem a mente criativa ¸(e, em níveis diferentes todas são), interage com as possibilidades conscientes e inconscientes “(fatalismo e livre arbítrio, em vários níveis dimensionais interligados pôr saltos quânticos), e transmuta como: a consequência, a solução , o complemento , o descobrimento , a invenção , a causa , de algo tangível ou não, para a nossa “realidade”, e aceito pelo coletivo passivamente ou imposta pela conjectura de causas e conseqüências. ( também causas gerando causas , bem como conseqüências gerando conseqüências) .
Gostaríamos de concluir observando os seguintes conceitos:
Um sentido sempre completa o outro, e a mente ordena de tal forma que conseguimos ilusoriamente reconciliar alguns paradoxos. Aquilo que temos como a realidade estabelecida, nada mais é que a interpretação ilusória, de todas as possibilidades segundo um código, individual e coletivo do pensamento, sendo suficiente para tornar possível ao “ondulatório” e ao “corpuscular” tomarem consciência da própria existência. Observemos que a única forma de criação razoavelmente controlada por nos, é a nossa própria criação, pois bem é muito fácil perceber que este controle só é conseguido graças a existência do pensamento, nada será criado antes que seja “sonhado” em pensamento.
Antes da existência, só existe o pensamento, portanto o pensamento em si encerra todas as possibilidades, e que só poderão ser materializadas através da singularidade ou de uma mente sábia.
Levando as últimas consequências, tudo são espectros de cordas vibrando que é plasmado e materializado pela mente usando o pensamento como obreiro para criar tudo o que conhecemos e conheceremos.
TUDO É FEITO DA MESMA COISA, VIBRAÇÃO.
TUDO É IGUAL ANTES DE SER PENSADO.
O PENSAMENTO É O ÚNICO AGENTE PELO QUAL A MENTE CRIA O SINGULAR.