Para que possamos caminhar juntos ao longo desse blog são necessários parâmetros que irão estabelecer bases comuns para o nosso entendimento.
Inicialmente é fundamental que não caiamos cegamente na armadilha da fé e façamos o que mais condenamos, aceitemos qualquer informação que não tenha no mínimo um alicerce na lógica ou em algum tipo de comprovação. O conhecimento científico e a sabedoria serão os únicos possíveis norteadores para a escolha do caminho a ser trilhado. Quando andarmos pelos pântanos da fé isso será salientado e propostas serão expostas. Em última instância a decisão final para você tem sempre que ser sua.
Necessário e importante é salientar o grau de complexidade. Observe a si mesmo e perceba como você é complexo. Sinta o volume de ações materiais, energéticas e mentais que você realiza (conscientes e/ou inconscientes) para estar “vivo”. Consequentemente a somatória de todas as complexidades individuais é geratriz da complexidade histórica, coletiva, supra coletiva (supra consciente). A complexidade nos garante muitas e muitas explicações plausíveis para o mesmo fato, seara rica e de domínio da fé externa, onde quem a explora diretamente para ganhos materiais e sociais sempre se acha o dono da verdade. Nos ainda não possuímos a evolução e o conhecimento para entender as verdades, portanto vivemos de meias verdades, meias mentiras, muitas "verdades". Não caminharemos por essas sendas, sempre consideraremos todas as verdades em meias verdades, portanto meias mentiras na tentativa de chegar ao mais próximo do que realmente foi. Pois sabermos mesmo o que aconteceu é impossível.
Sendo a Bíblia considerada como livro “sagrado” da cultura judaico/cristã, é nela que fundamentaremos nossos trabalhos, à luz da ciência e dos conhecimentos atuais. Questionaremos a história bíblica ao expô-la comparativamente com dados históricos dos mesmos fatos, porém registrado por outros povos (anteriores aos primeiros escribas bíblicos, ou seja: a matriz de inspiração para a bíblia), análises das descobertas da ciência à luz dos conhecimentos e tecnologias atuais e vários tipos de registro ao longo da história da humanidade, e nas artes.
A divisão básica da bíblia:
- Judaico - o velho testamento, o Pentateuco.
- Cristão - o novo testamento, os Evangelhos.
Considerando essa divisão básica podemos notar dois “deuses”, um para cada testamento:
No velho testamento temos um deus monopoliteísta (ele é o único deus, mas aceita que seus filhos sejam chamados de deuses também), sábio, inteligente, eterno, onipotente, onisciente, onipresente, imperador, rei, militar, estrategista, técnico, frio, calculista, rancoroso,carnívoro, assassino e vingativo. Somando todas as mortes registradas no velho testamento em que ele enviou ordem direta aos hebreus para matarem, a soma chega por volta de três milhões de pessoas, como a população total do planeta era por volta de vinte milhões, foi morto um pouco mais de um décimo da população do planeta num período de três mil anos. Seria como se hoje um deus mandasse matar por volta de oitocentos milhões de pessoas. É um deus construído fundamentalmente em cima do medo, não há “convivência pacifica” sempre há dominação e exploração, o ativo domina o passivo, o mais forte domina o mais fraco, o homem domina a mulher. A síntese da vida é a genealogia, a guerra e a longevidade. Muito sexo e pouco amor. É um deus carente de concubinas, de sacrifícios sanguíneos e de adoração total. Para ele você não pensa. Executa o que ele manda. É um deus presente, desce a Terra e fala cara a cara.
Já no novo testamento você tem um deus sábio, inteligente, eterno, onipotente, onisciente, onipresente, justo, magnânimo, zelando pelo homem em sua essência e em seu pensamento. O futuro da humanidade o preocupa, haja vista que o apocalipse está no novo testamento. É um deus representado por seu “filho único, o messias”, que quando esteve no planeta Terra pregou o amor contra o medo e foi martirizado por isso. Apesar de ser definido como monoteísta, ele e o filho que também se diz deus já são dois. Pouco sexo e muito amor. A expressão de referência à gravidez de Maria exemplifica bem a afirmação: “concebida sem pecado, concebida sem sexo, sexo é pecado”, celibatário’. É um deus ativo, assexuado, sem sua contra parte passiva, que não pede mais nenhum tipo de sacrifício material para adora-lo, bastando crer nele acima de tudo, pois o filho dele já substituiu com a sua “morte” todo e qualquer tipo de sacrifício pedido no velho testamento. Não sugere nenhum tipo de dominação. Não importa muito com adoração, congregação e templos desde que você creia fervorosamente nele no filho e numa terceira entidade chamada de espirito santo. Não manda matar ninguém, e segundo ele a síntese da vida é a “vida eterna depois da morte”. Ele herda muitas características do deus do velho testamento como, sábio, inteligente, eterno, onipotente, onisciente, onipresente, imperador, rei, militar, estrategista; para que pareça ser o mesmo, porém agora amoroso, demonstrando o que o cristo ensinou para os humanos, o amor. É um deus ausente da realidade, só existe dentro da construção da fé.
Agora dos deuses para os homens.
Iremos dividir o ser humano em três partes, unas, porém distintas. Essa divisão se dará por mera necessidade didática, pois na realidade tudo é uma totalidade. Assim teremos:
A Mente, a Alma(personalidade) e o Corpo.
A Mente é o Todo, é Deus. É o Todo em cada um, e a parte individual de cada um no “Todo”, portanto numa consequência final somos todos, somos tudo, somos UM,... É a geratriz do pensamento, por onde podemos acessar o mais íntimo de nos mesmos, do nosso desconhecido, do nosso medo, do amor, da Mente, do Todo. A Mente é adimensional, sendo assim é a nossa conexão com o supra consciente (inconsciente coletivo), e principalmente é o nosso acesso ao Todo, e por onde o Todo nos acessa. É na Mente que o pensamento é gerado, porém é na alma que é percebido. Com o retorno dos pensamentos vindos da alma, as sensações, a mente os converte em Informação individualizada para o Todo gerando Realidade. Também alimenta o supra consciente, aumentando o arquivo da espécie, tornando coletivas as experiências individuais, ajudando na evolução. E o corpo é o dispositivo que o permite viver o Ilusório. Mas a bem da verdade, todo o corpo, dentro de um processo hierárquico de importância bem definido, pensa. Sempre retro alimentando os processos, possibilitando a evolução do indivíduo, da espécie e do Cosmo. Na Mente reside Deus, a Realidade. O Todo.
A Alma(personalidade) é a parte da mente que energiza o cérebro e que nos caracteriza como indivíduos únicos. É responsável por todas as nossas sensações e sentimentos. Nela percebemos tudo, inclusive os nossos pensamentos e os nossos sonhos. É por ela que comparamos as informações adquiridas com as já arquivadas dando sentido e norteamento dentro da ilusão, para que possamos reconhecer "padrões" e aprender. Também nos dá condições de perceber o novo por comparação excludente. Na alma é que vemos, ouvimos, cheiramos, degustamos, tocamos, sorrimos, choramos, amamos, sentimos dor, saudade, alegria, ira, euforia, depressão, e o mais importante, nos cria a ilusão da nossa própria existência material, do nosso corpo “físico” do tridimensional, etc., é a conexão mais direta entre o corpo e a mente. Sua parte na mente mais importante é ser o receptáculo dos pensamentos, sua atuação no corpo se dá através dos hormônios. Na Alma reside o Pensamento Percebido. E a Informação, é a Lei que está “escrita” nas vibrações das cordas primordiais, é o caminho da Evolução. Corresponde ao Espirito Santo.
O Corpo é a parte material da mente, o mais irreal, pura projeção mental. Somos o que acreditamos ser, consciente ou não. Ao nascermos somos produtos de mentes que se completaram na matéria, somos uma massa quase disforme. Pouco nos diferenciamos de outros recém nascidos, somos um rabisco de nossos pais, “todos temos caras de joelho”. Nos primeiros tempos de vida intrauterina somos parecidos com a maioria dos outros animais que também nascem desse jeito. Mas desde o momento em que nos separamos de nossas matrizes, passamos a existir e a nos definir como forma única, portanto muito natural que venhamos a nos parecer com os que nos conceberam, normalmente são os que mais vemos a referência mais forte, mais presente. Não causa nenhum tipo de espanto, e é bastante comum, crianças adotadas logo após o nascimento depois de um certo tempo se parecer com os pais adotivos, ou casais que vivem por muitos anos juntos acabarem se parecendo um com o outro. O corpo é a sala de aula da mente individualizada, e é através dele que temos os mecanismos de cognição tão importantes para a alma perceber o bidimensional estático e do tridimensional estático e dinâmico e o tetradimensional dinâmico. Laboratórios inconsequentes (virtuais), para a nossa evolução. É totalmente controlado pela a alma através dos hormônios, e sofre o desgaste deixando de existir, liberando a mente para o desfrute pleno do seu nível de Realidade. No Corpo reside o Sonho. Corresponde ao messias, no caso Yoshua. A matéria (sonho) que evoluiu através do Conhecimento, da Sabedoria. Evoluir nada mais é do que ser capaz de cada vez perceber e interagir mais.
De qualquer das partes se chega outra, pois na verdade tudo é MENTE.
A diferença entre elas é o nível de coagulação (adensamento), cognição interna e ou externa ; e o grau de “Realidade e Virtualidade”.