MORTE, ETERNIDADE, LONGEVIDADE e PODER
Tudo tem começo, meio e fim.
O que diferencia é o tempo de existência.
Acompanho a vida de uma flor tão rápida e volátil, sua beleza é curta em relação ao meu tempo, consigo vê-la nascer, viver e ter seu fim em decomposição devolvendo para a terra tudo aquilo que consumiu durante sua vida.
Sinto o Sol em sua grandeza vital e sei que ele também terá seu fim, porém quando isso acontecer já deverá ter passado cinco bilhões de anos, e nessa altura dos acontecimentos eu serei pó de pó.
Não se utilizando de fé para tentar explicar nada, concluo que com certeza “eu só tenho essa vida para viver”, pois qualquer coisa fora disso é pura especulação.
Não estou afirmando nada contra a reencarnação, pois mesmo que ela exista ainda assim não fere a ideia de término.
Seguindo a regra do fim de tudo acredito que o nosso universo, que nascido de uma grande explosão cósmica também terá seu fim em um grande colapso.
Portanto se nessa hora ainda houver vida como conhecemos depois de muitas reencarnações ainda existindo, deixará de existir na presença da singularidade.
Mas voltemos ao tema principal, com certeza só temos essa vida para viver o que podemos dizer que isso atualmente dura por volta de oitenta anos.
Pense comigo, num universo de aproximadamente catorze bilhões de anos terrestres, nossa vida não é nada, mas é bem maior do que a vida da flor. Desses oitenta anos dormimos por volta de vinte e seis anos, esse também é o mesmo período que estudamos/trabalhamos.
Gastamos por volta de quinze anos nos alimentando, defecando e fazendo nossa higiene. Somamos sessenta e sete anos o que nos dá um resto de treze anos.
Treze anos é o que realmente vivemos, é o tempo que temos para nos dedicar à nossa vida, para evoluirmos, crescermos como seres pensantes, nos divertirmos, relacionarmos livremente.
Então o que nos resta.
Aumentar esse período. Como?
Aumentando cada vez mais nossa longevidade, deixando de trabalhar o quanto antes, principalmente sabendo que seu sacrifício do trabalho é a prosperidade de muito poucos(ninguém é próspero sem ter tempo para desfrutar do que conseguiu).
O que lhe falta materialmente (seja o que for), está na fortuna de quem lhe controla, explora e usa.
E o pior é que admiramos nossos algozes, como um exemplo a ser seguido.
Mas como deixamos chegar nesse ponto de sermos controlados?
Fácil, enquanto seguramos enxadas, máquinas, canetas etc..., eles treinam nossos irmãos para segurar armas e os põem contra nos e nos acabamos ficando contra eles. Criam leis para nos obedecermos, e ai de nos se não as obedecemos, mas eles mesmos não as obedecem. Roubam, corrompem, matam e fazem o que é preciso para estarem cada vez mais ricos e mais poderosos e principalmente longevos.
E nos?
Baixamos a cabeça e agradecemos em nome de deus as migalhas que recebemos.
O inicio de nossa redenção se prende ao fato de começarmos a perceber de fato como as coisas funcionam. Não é fácil, pois tudo é feito para não podermos conseguir perceber.
Tais distrações vão de artes corrompidas onde o teor é passar a mensagem que eles querem até movimentar todo o planeta através de um campeonato mundial de futebol.
Agem como deuses definindo o que podemos ou não fazer e quem não obedece paga caro.
Quer um exemplo, quem são eles para nos dizer o que devemos consumir ou não. Porque tabaco é legal e cânhamo não?
Baseado nos números da polícia, considerei o volume de drogas apreendido como sendo o mesmo que foi vendido e consumido. É óbvio que é muito mais, mas mesmo assim considerando os valores de venda das drogas proibidas concluí o seguinte:
-Se todo o dinheiro resultante da venda ficasse só na mão dos traficantes eles teriam um poder econômico muito, mas muito maior do que tem.
Aí eu pergunto para onde foi grande parte desse dinheiro?
Porque não legalizam tudo e taxam com as mesmas alíquotas do álcool ou do tabaco, que são altíssimas, destruindo totalmente o tráfego ilegal e criando mais fontes de renda para ser investido, por exemplo, na saúde?
Porque todo consumidor de drogas ilícitas ou lícitas é atendido pelo serviço público de saúde?
Qual a real diferença da fome do rico, para a fome do pobre.
Se toda a riqueza do planeta, inclusive a das igrejas, fosse distribuída equitativamente a todos os habitantes, seríamos todos “classe média alta”.
Justiça, essa palavra e seu conceito me incomodam muito.
Fico pensando naquele homem que assalta, mata, estupra etc. e ao cair nas malhas da justiça é julgado e penalizado como um desajustado social. Mas esse desajuste é genético ou circunstancial? E o que o motiva a agir dessa forma, sabendo que poderá pagar caro por essas atitudes? E aquele outro homem que em sua fortuna gigantesca está a vida de milhões de crianças na África. Deixando-as morrerem por desnutrição numa média de cinco mil por dia, também não é um assassino? E as igrejas, os governos e em última instância nos, porque concordamos com essa situação passivamente? Por não serem nossos filhos, nem filhos do nosso irmão, do nosso amigo ou de ninguém ligado diretamente a nos, então foda-se.
Por que temos medo das armas que eles controlam?
Por que deixar nascer um ser humano para assassiná-lo logo depois?
E agora vem a grande pergunta: - Isso tudo é justo? Cadê os clérigos que se dizem representantes de deus. Cadê deus, o justo, que segundo eles é onipresente, onisciente e onipotente que assiste a tudo isso de braços cruzados?
Cadê deus, que cada vez mais privilegia o rico em detrimento ao necessitado?
Que deus e esse que não vê a dor a fome a tristeza e a angústia dos povos e se satisfaz com esse absurdo desiquilíbrio social?
Já que ele é tão poderoso, porque permite que essa legião de mulheres engravide para assassinar seus filhos logo depois do nascimento?
Porque esse deus perpetua essa situação se em suas mãos é dito que ele detém ”todo” o poder.
Que prazer mórbido é esse que continua ajudando quem não precisa e mata de fome crianças que nem sabem por que estão aqui.
É realmente intrigante.
Será que os pais dessas crianças são nossos inimigos, e se sim por quê?
O que eles fizeram de tão grave para que ajamos dessa forma estupidamente desumana condenando essa legião de infantes à morte.
Tudo bem que não temos a solução em nossas mãos, não temos o poder econômico para resolvê-la.
Mas somos coniventes quando mais uma vez abaixamos nossas cabeças dizendo: - deus quer assim.
Esmola nunca foi e nunca será a solução, isso é mero paliativo para , não resolve nada, só é propaganda enganosa.
Não adianta dar prato de comida, tem que dar é condições de continuar vivendo.
Pense comigo, que deus é esse que gosta dos poderosos, das elites e dos nobres? Por quê?
De onde vem esse deus?
Porque ele deixa os humanos do nosso planeta viver nessa civilização do Medo, incentivando a diferença baseada no ter e no poder?
Que deus esse que aceita adoração, templo, dinheiro e valores materiais, quando a grande maioria não tem nem o que comer?
Que em nome de “seus desígnios” tudo pode; guerra, morte, flagelos, tristeza e dor.
Observe a história da humanidade, por que "nunca" tivemos paz plena e total no planeta, sempre há o fomento para a luta a disputa, e o engrandecimento da guerra.
Por que cultuamos o herói de guerra?
Ele é um assassino como qualquer outro, se há alguma diferença é só conceitual e só patriotismo criado para dividir os homens. Por que defender uma região do planeta, um país?
Nos, muito antes de ser desse ou daquele país, somos humanos terráqueos.
Agora que a tecnologia nos deu condição de ver nosso planetinha azul do espaço, não vemos fronteiras.
Apesar de tudo não sabemos de onde vem esse deus, simplesmente aceitamos, esse que é um deus das elites, em prejuízo de nos mesmos.
Esse deus não pode ser Deus.
Cegamente aceitamos tal situação.