FUNDO

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ÍNDICE DAS POSTAGENS

ÍNDICE DAS POSTÁGENS

29/MAI/2014

01 - TRAÇANDO BASES COMUNS

02 - CIVILIZAÇÃO FUNDAMENTEDA NO AMOR, UTOPIA?

03 - OURO MONOATÔMICO

04 - PARÂMETROS

05 - ANU

06 - VIDA

31/MAI/2014

07 - O CARÁTER ILUSÓRIO DA REALIDADE CONSCIENTE

02/JUN/2014

08 - A HISTÓRIA DE UM TEMPO (Vídeos Infantis)

07/JUN/2014

09 - DEUSES, O CONFLITO DO TEMPO

10 - COMECE SEMPRE DUVIDANDO DE TUDO E DE TODOS

14/JUN/2014

11 - MORTE, ETERNIDADE, LONGEVIDADE E PODER

12 - MECQUAN #01

21/JUN/2014

13 - O DOMÍNIO E CONTROLE DA TERRA

22/JUN/2014

14 - O LADO OCULTO DA LUA E AS RUÍNAS SUBMERSAS NO JAPÃO

01/JUL/2014

15 - TRANSLITERAÇÃO DOS SETE PRINCÍPIOS HERMÉTICOS

16 - O ERRO É UM APREDISADO

02/JUL/2014

17 - VIMANA

04/JUL/2014

18 – CADUCEU

10 – DEUS

13/JUL/2014

20 – AMOR E SEXO

21 – SOLIDÃO I

22 – NÉFELINS, GIGANTES FILHOS DE EXTRA TERRESTRES COM HUMANAS

19/JUL/2014

23 – QUEM CONTROLA, FAZ E REGISTRA A HISTÓRIA CONFORME SEU INTERESSES

19/SET/2014

24 – A CRIAÇÃO DO HUMANO TERRESTRE

21/SET/2014

25 – NUNCA CREIA NOS PODERES, MILITAR, POLÍTICO, SOCIAL E RELIGIOSO

02/OUT/2014

26 – CRIANÇAS

06/OUT/2014

27 – VIA LÁCTEA

13/OUT/2014

28 – A CONSTELAÇÃO DE ORION E AS PERÂMIDES DO EGITO

14/OUT/2014

29 – IMAGEM DA FORMA DO FOTON EM ESTADO CORPURSCULAR

22/OUT/2014

30 – A MAIS IMPORTANTE JORNADA DA VIDA É PARA DENTRO DE SI MESMO

23/OUT/2014

31 – AUMENTEM SEMPRE SUAS CAPACIDADES COGNITIVAS

25/OUT/2014

32 – A AGENDA SECRETA REPTILIANA PARA OS HUMANOS TERRESTRES

03/NOV/2014

33 – PRINCIPAIS EXTRATERRESTRES NÃO BENEVOLENTES NA TERRA

34 – PRINCIPAIS EXTRATERRESTE BENEVOLENTES NA TERRA

35 – AGROGLIFOS, EQUAÇÃO DE EULER E MENSAGEM DE ARECIBO

05/NOV/2014

36 – OSNI, OBJETO SUBMERSÍVEL NÃO IDENTIFICADO

37 – OVNI, OBJETO VOADOR NÃO IDENTIFICADO

08/DEZ/2014

38 – MULTIVERSO

09/DEZ/2014

39 – A ACELERAÇÃO DO TEMPO, A RESSONÂNCIA SHUMANN

12/DEZ/2014

40 – ROUBAR E CORROMPER

17/DEZ/2014

41 – CONCEITO OU PRECONCEITO

42 – A BÍBLIA

20/DEZ/2014

43 – A CRUXIFICAÇÃO DO “REI MASHIACH”

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15/JAN/2/15

44 – PINTURAS MMXV

22/JAN/2015

45 – GLÂNDULA PINEAL

28/JAN/2015

46 – QUAL É MESMO O DEUS QUE ELES REPRESENTAM ?

02/ABR/2015

47 – PROCURE SEMPRE PELA VERDADE

24/ABR/2015

48 – O CONTROLE DOS TERRÁQUEOS

30/ABR/2015

49 – E PORQUE NÃO ...

03/MAI/2015

50 – DAS DIFERENÇAS DO AMOR E DO MEDO #01

06/MAI/2015

51 – MISSÃO DE RESGATE TERRA I

52 - DAS DIFERENÇAS DO AMOR E DO MEDO #02

07/MAI/2015

53 – A CIÊNCIA É A RELIGIÃO DO SÁBIO

54 - DAS DIFERENÇAS DO AMOR E DO MEDO #03

55 – O “LADO NEGRO” DO AMOR É O SEXO, A ANTÍTESE É O MEDO

56 - DAS DIFERENÇAS DO AMOR E DO MEDO #04

10/MAI/2015

57 – DIFERENTE

11/MAI/2015

58 – ÁTOMO

59 – POLUIÇÃO

12/MAI/2015

60 – ORGANOGRAMA DO PODER NA TERRA

14/MAI/2015

61 – SOLIDÃO II

25/MAI/2015

62 – TUDO QUE LHE FALAM É VERDADE? PÔR QUE ACREDITAR SEM QUESTIONAR?

27/MAI/2015

63 – ESPAÇONAVES

31/MAI/2015

64 – DOS ESPORTES, FUTEBOL

02/JUN/2015

65 – AFINAL! É TUDO ILUSÃO

07/JUN/2015

66 – NADA É O QUE IMAGINAMOS SER!

08/JUN/2015

67 – ONDE ESTAMOS EM NOSSA GALÁXIA (VIA LÁCTEA)

09/JUN/2015

68 – EXISTÊNCIA

14/JUN/2015

69 – MUSICIDADE

15/AGO/2015

70 – A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PROIBIÇÃO DA MACONHA

19/AGO/2015

71 – A LEI DA ATRAÇÃO MENTAL

27/AGO/2015

72 – REAL / ILUSÓRIO

02/SET/2015

73 – A VOLTA DO HUMANO ANDROMEDANO YOSHUA (JESUS )

10/SET/2015

74 – O MITO DO ANJO DO MAL, DO MEDO

75 – OS ALFAS CENTAURIANOS E AS ILHAS DE PAZ

13/SET/2015

76 – CONSTELAÇÕES DA ABÓBADA TERRESTRE

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DEFINA A POSTAGEM E ABRA PELA DATA NA CAIXA DE DIÁLOGO ABAIXO

- CONSULTE TODAS AS POSTAGENS -

FUNDO

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sábado, 15 de agosto de 2015

70 - A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PROIBIÇÃO DA MACONHA

 



 

MACONHA, DJAMBA, FUMO FORTE, MARIJUANA, SANTA MARIA, HEMP, CANABIS, BASEADO, FUMO DE ANGOLA ETC. POR QUE O PLANTIO E O CONSUMO DESTA PLANTA SÃO ILEGAIS E PROIBIDOS?

 

A proibição da Canabis Sativa ou Índica ocorre por interesses religiosos, morais, racistas, econômicas, controle político social, e nunca se baseando em constatações científicas.


Por que o consumo da maconha é contra a lei?
Será mesmo que faz tanto mal à saúde?
Então porque as anfetaminas, o tabaco, as bebidas alcoólicas, o aspartame, e muitos outros que cientificamente comprovado faz mal a saúde e não são proibidos? Nenhum mal sério foi comprovado cientificamente pelo uso recreativo da maconha.
E entre as razões da proibição o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários frequentes de maconha no começo do século XX é uma das mais importantes. Outro motivo forte foi o lobby de indústrias poderosas nos Estados Unidos da América dos anos 20, que produziam e vendiam tecidos de algodão, derivados sintéticos do petróleo e papel. Queriam eliminar um concorrente, o cânhamo industrial. 

O moralismo judaico-cristão, não aceita a ideia do prazer sem merecimento, exemplificando, até a bem pouco tempo atrás condenava publicamente a masturbação. A bem-sucedida estratégia de domínio do capitalismo mundial dos Estados Unidos. Estes são os principais motivos da ilegalidade do uso da maconha. Há tanto pré-conceito em relação a essa planta que qualquer insinuação ao debate sugerindo que estamos lidando mal com o problema, já é interpretada como "apologia às drogas" e passível a punição. A desinformação dominante não é por acaso, já que se sabe muito sobre a maconha, afinal há constatação histórica que ela é cultivada há milênios e centenas de pesquisas já foram feitas sobre o assunto.
O texto abaixo é o início de uma matéria veiculada pela revista “American Magazine” publicada em 1937 sob o título:

- "Marijuana: assassina de jovens".

"O corpo esmagado da menina jazia espalhado na calçada um dia depois de mergulhar do quinto andar de um prédio de apartamentos em Chicago. Todos disseram que ela tinha se suicidado, mas, na verdade, foi homicídio. O assassino foi um narcótico conhecido na América como marijuana e na história como haxixe. Usado na forma de cigarros, ele é uma novidade nos Estados Unidos e é tão perigosa quanto uma cascavel."

Isso nunca aconteceu.

Se a maconha, atualmente é ilegal em praticamente todo o planeta, o maior responsável foi um funcionário do governo dos Estados Unidos da América, que redigiu o texto acima, seu nome era Henry Anslinger.
No início do século XX, a maconha era liberada, mas muita gente já a via com maus olhos. No Brasil a maconha era rotulada como "coisa de preto", e utilizada em suas religiões como facilitadora para a incorporação de espíritos (Umbanda, Quimbanda e Candomblé, todas de raízes africanas, e praticadas por negros) e também por agricultores que a fumavam depois do trabalho, sendo chamada por eles de “fumo forte”.
Na Europa, ela era associada aos imigrantes árabes e indianos e aos "incômodos intelectuais boêmios".
Nos Estados Unidos, quem fumava eram os imigrantes ilegais mexicanos que entre 1915 e 1930 já somavam meio milhão que iam em busca de trabalho. Portanto no ocidente, fumar maconha era atitude de sociedades marginais e visto com pré-conceito pela classe média branca.
Já na época, pouca gente sabia que a mesma planta fumada pelas classes marginais tinha enorme importância econômica. Remédios como xaropes para tosse e pílulas para dormir continham canabis. Praticamente toda a produção de papel tinha como matéria-prima a fibra do cânhamo. Assim como o papel também a indústria de tecidos dependia da canabis. O tecido de cânhamo era muito usado, principalmente na manufatura de cordas, velas de barco, redes de pesca e outros produtos que exigissem um material resistente.
Combustíveis e plásticos produzidos a partir do óleo da semente de maconha estavam sendo desenvolvidos pela Ford. Nessa época as plantações de cânhamo ocupavam grandes áreas na Europa e nos Estados Unidos.
Aí em1920 a pressão de grupos religiosos protestantes, fez com que os Estados Unidos decretassem a ilegalidade da produção e da comercialização de bebidas alcoólicas, esse ato ficou conhecido como a Lei Seca, vigorou até 1933.
Nessa época um senhor chamado Henry Anslinger iniciou um movimento que pretendia reprimir o tráfico de rum proveniente das Bahamas.
A ausência das bebidas alcoólica promoveu o aumento do consumo da maconha, e ela passou a fazer parte da vida de muita gente, não mais só das sociedades marginais, a classe media protestante começou a usá-la.
A Lei Seca foi o grande motivo para o aumento substancial do consumo da maconha. Quanto mais ficava difícil obter bebidas alcoólicas, pequenos comércios que vendiam maconha começaram a proliferar.
Pelas suas campanhas contra o álcool, Anslinger foi colocado como o chefe da Divisão de Controle Estrangeiro do Comitê de Proibição, responsável por cuidar do contrabando de bebidas. Com a quebra da bolsa em 1929, os Estados Unidos da América entrou numa recessão profunda. Nessa mesma época começou a circular uma inverdade de que o uso da maconha fornecia força extra aos mexicanos, e isso seria uma vantagem ao disputar os poucos empregos na época. Alem disso insinuações de que a droga induzia ao sexo promíscuo (os mexicanos não vivendo dentro do credo protestante tinham mais parceiros sexuais que um americano puritano médio) e ao crime (lógico em épocas de turbulências econômico-sociais fortes, a criminalidade aumenta, e não seria diferente entre os imigrantes mexicanos pobres). Sob a influencia destes absurdos científicos vários estados norte americanos começaram a proibir a canabis.
Anslinger aproveitou todas essas asneiras e iniciou uma forte campanha para divulgar os mitos e fundamentar um comportamento contra a maconha. Em 1930, foi criado o FBN (Federal Bureau of Narcotics, o FBI das drogas proibidas) motivado pelo aumento de consumo da cocaína e do ópio.  Anslinger assumiu a direção desta nova agência e passou a ser o responsável pela política de drogas do país, quanto mais substâncias proibidas, mais poder ele teria. "Alem disso Anslinger era casado com a sobrinha de Andrew Mellon, dono da Gulf Oil gigante petrolífera e o maior investidor da Du Pont". Nos anos 20, essa empresa estava desenvolvendo vários produtos derivados do petróleo como, aditivos para combustíveis, plásticos, fibras sintéticas e processos químicos para a fabricação de papel feito de madeira. Esses produtos tinham uma coisa em comum: disputavam o mercado com o cânhamo. A Du Pont foi uma das maiores responsáveis pela a destruição da indústria do cânhamo.
Destruir as grandes plantações de canabis tirando a fibra do cânhamo e o óleo da semente do mercado seria fundamental para a jovem indústria de sintéticos baseados no petróleo. Portanto a maconha foi proibida entre outras razões escusas por interesses econômicos, abrindo o mercado das fibras para o náilon.
Nessa mesma época havia um bilionário chamado William Randolph Hearst, dono de uma vasta rede de jornais e, portanto uma das pessoas mais influente dos Estados Unidos. Comandava seu império de um castelo na Califórnia, frequentado pelos artistas mais famosos de Hollywood na época. Foi nele que Orson Welles se inspirou para criar o personagem principal do filme Cidadão Kane.
Hearst era dono de grandes extensões de terras no México onde plantava eucaliptos e outras árvores para produzir papel. Na Revolução Mexicana de 1910, as tropas de Pancho Villa que faziam uso frequente de maconha, desapropriaram e anexaram sua enorme propriedade. Consequentemente seu ódio contra os mexicanos se arrefeceu violentamente.  Passou a ser um dos maiores interessados em que a maconha americana fosse destruída exterminando indústria do papel de cânhamo.
Ele orquestrou uma grande campanha contra a maconha e contra os mexicanos. Seus jornais publicavam constantemente matérias mentirosas sobre a canabis. Afirmava que a maconha fazia os mexicanos estuprarem mulheres brancas, noticiando que 60% dos crimes eram cometidos sob efeito da canabis. Atacava ferozmente com inverdades os mexicanos e a maconha. Se não criou, popularizou a mentira de que a maconha mata neurônios, sem nenhuma comprovação científica, repetido até hoje. Foi o criador do o nome “marijuana” palavra hispânica, que permitia a associação direta entre a canabis e os mexicanos. Nos jornais de Hearst, inventando suas histórias de terror sobre a maconha, Anslinger era presença constante. Conseguiram seus intentos, a população norte americana estava apavorada e pronta para dar o suporte necessário para acabar com a maconha. O golpe final foi dado em1937, quando Anslinger indo ao congresso norte americano disse que sob o efeito da maconha as pessoas eram possuídas por um ódio delirante e cometiam crimes absurdos e violentos.
Apoiados pelo clamor popular e pelas afirmações de Anslinger os deputados votaram pela proibição do cultivo, venda e uso da canabis, desconsiderando totalmente as pesquisas que afirmavam que a substância era segura. Proibiu-se a existência da planta, simplesmente cassou-se o direito de qualquer espécie de canabis existir, para eles a solução era a extinção da espécie.
Criando uma rede de agentes Anslinger também atuou internacionalmente passando a freqüentar as reuniões da Liga das Nações, futura ONU, onde propunha tratados internacionais cada vez mais restritivos para reprimir o comércio internacional do cânhamo. Simultaneamente iniciou encontros com líderes de vários países levando a eles as mesmas mentiras aterrorizantes que funcionaram tão bem com os nortes americanos.
Contando com o poder dos Estados Unidos da América não foi difícil convencer os governos. Por exemplo, na década de 20 o Brasil já adotava leis federais contra a maconha por influência dele. A Europa também embarcou nas mentiras.
Observem agora as garras do controle social quando o cientista político norte americano Thiago Rodrigues, pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos faz a seguinte afirmação:

- "A proibição das drogas psicoativas serve aos governos porque é uma forma de controle social das minorias. A maconha é coisa de mexicano, mexicanos é uma classe incômoda. Como não é possível proibir alguém de ser mexicano, proíbe-se legalmente algo que seja típico dessa etnia".

Assim, é possível manter sob controle todos os mexicanos, eles estarão sempre ameaçados de cadeia.   Por essa e por outras, a proibição da maconha fez tanto sucesso no poder de nosso planeta.
O Brasil não ficou de fora, o governo percebeu que esse instrumento seria ótimo para manter os negros e suas religiões alienígenas a cultura européia brasileira, sob controle. Os europeus aceitaram plenamente agora tinham uma ferramenta eficaz para controlar os imigrantes (na sua maioria indianos e árabes).
Esta proibição se tornou uma forma de controle internacional pelos Estados Unidos, principalmente quando em 1961, uma convenção da ONU determinou que as drogas psicoativas eram ruins para a saúde e o bem-estar da humanidade sendo necessárias ações coordenadas e planetárias para coibir seu uso.
Segundo Maierovitch (jurista brasileiro especializado no tema), "Isso abriu espaço para intervenções militares americanas. Virou um bom pretexto para que os nortes americanos pudessem entrar em outros países e exercer os seus interesses econômicos”.
E assim estava pronta uma estrutura planetária interessada em manter as drogas na ilegalidade, e a maconha entre elas.
Em 1962, depois de nada menos que 32 anos à frente do FBN o presidente John F. Kennedy demitiu Henry Anslinger.
Um grupo de cientistas foi formado com representantes das melhores universidades para analisar os efeitos reais da canabis. Concluíram que os riscos da maconha estavam sendo extremamente exagerados e que a tese de que ela levava as drogas mais pesadas era totalmente infundada. Mas essa conclusão científica não levou a descriminalização, pelo contrário, o presidente Richard Nixon, por interesse em manter esse canal de controle planetário declarou "guerra às drogas" e criou o DEA (Escritório de Coação das Drogas), ainda mais poderoso que o FBN, agora eles tinham poder de polícia também.

De fato, a maconha faz mal?


Essa questão já perdura faz tempo.
Depois de aproximadamente um século de pesquisas, a resposta mais correta é:
- Faz, mas muito pouco, só para casos de uso extremo. O uso recreativo não, é sensivelmente menos perigosa que as bebidas alcoólicas ou o tabaco, por exemplo.
Em 1894, quando a Índia fazia parte do Império Britânico havia a desconfiança que o bhang (bebida feita à base de maconha muito comum na Índia) causava demência. Motivado por essa afirmação a preocupação da ciência com esse assunto começou. Simultaneamente grupos religiosos britânicos reivindicavam sua proibição. Foi criada então na Inglaterra a Comissão Indiana de Drogas da Canabis, que passou dois anos investigando o tema. O relatório final desaconselhou à proibição:
- "O bhang é praticamente inofensivo quando usado com moderação e na maioria dos casos, é benéfico. O abuso do bhang é muito menos prejudicial que o abuso do álcool".
Em 1944, Fiorello La Guardia (prefeito de Nova York) encomendou outra pesquisa. Em meio às inverdades contra a maconha, motivados por interesses políticos e financeiros inventadas por Anslinger, ele resolveu verificar quais os reais riscos da droga dita assassina. Os cientistas executaram testes com presidiários (normal na época) e concluíram:
"O uso prolongado da droga não leva à degeneração física, mental ou moral".
O resultado foi abafado pelas campanhas pró a proibição da canabis de Anslinger.
Muitas pesquisas parecidas foram encomendadas por outros governos a partir da década de 1960. Executadas na Inglaterra, Canadá e Estados Unidos concluíram que as leis que proibiam a maconha eram totalmente descabidas. Apesar disso não houve nenhuma mudança na política de proibição da maconha.
Aí em 1976, a Holanda decidiu não mais considerar os usuários de maconha como criminosos, desde que eles comprassem a droga em cafés autorizados.
Consequencia: - Não houve aumento de usuário da canabis em relação aos de outros países da Europa. O número de jovens dependentes de heroína, cocaína e ópio despencaram. Ficou óbvio que, ao tirar a maconha dos traficantes houve uma separação delas das drogas pesadas e assim dificultaram o acesso e o interesse por elas. Cortaram o maior meio de faturamento do crime organizado. Plantar maconha é fácil, produzir cocaína ou ópio e muito mais difícil.

Analisemos sob a luz da ciência alguns casos específicos.

Câncer
Não se provou nenhuma relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traquéia, boca e outros associados ao cigarro. Isso não quer dizer que não haja.


Dependência
Algo entre 6% e 12% dos usuários, dependendo da pesquisa, desenvolve um uso compulsivo da maconha (bem menos que a metade das taxas para álcool e tabaco).


Danos cerebrais
"Maconha mata neurônios." Essa frase, repetida há décadas, não passa de mentira. Milhões de dólares foram investidos para comprovar que o THC destrói tecido cerebral - às vezes com pesquisas que ministravam doses de elefante em ratinhos, mas nada foi encontrado.


Coração
O uso de maconha dilata os vasos sangüíneos e, para compensar, acelera os batimentos cardíacos. Isso não oferece risco para a maioria dos usuários.


Infertilidade
Pesquisas mostraram que o usuário frequente tem o número de espermatozóides reduzido. Ninguém conseguiu provar que isso possa causar infertilidade, muito menos impotência. Também ficou claro que os espermatozóides voltam ao normal quando se pára de fumar.


Depressão imunológica
Nos anos 70 descobriu-se que o THC afeta os glóbulos brancos, células de defesa do corpo. No entanto, nenhuma pesquisa encontrou relação entre o uso de maconha e a incidência de infecções.


Loucura
No passado acreditava-se que maconha causava demência. Isso não se confirmou, mas sabe-se que a droga pode precipitar crises em quem já tem doenças psiquiátricas.


Gravidez
Algumas pesquisas apontaram uma tendência de filhos de mães que usaram muita maconha durante a gravidez de nascer com menor peso. Outras não confirmaram a suspeita. De qualquer maneira, é melhor evitar qualquer droga psicoativa durante a gestação. Sem dúvida, a mais perigosa delas é o álcool.


Usos:

Câncer
Pessoas tratadas com quimioterapia muitas vezes têm efeitos colaterais terríveis, eventualmente tão ruins que elas preferem a doença ao remédio. Há medicamentos para reduzir o enjôo característico e maior efeito colateral e eles são eficientes. No entanto, alguns pacientes não respondem a nenhum remédio legal e respondem maravilhosamente à maconha.


Aids
Maconha dá fome. Qualquer um que fuma sabe disso “a famosa larica” (aliás, esse é um de seus inconvenientes: ela pode ajudar a engordar). Nenhum remédio é tão eficiente para restaurar o peso de portadores do HIV quanto a maconha. E isso pode prolongar muito a vida: acredita-se que manter o peso seja o principal requisito para que um soropositivo não desenvolva a doença.


Esclerose múltipla
Essa doença degenerativa do sistema nervoso é terrivelmente incômoda e fatal. Os doentes sentem fortes espasmos musculares, muita dor e suas bexigas e intestinos funcionam muito mal. Acredita-se que ela seja causada por uma má função do sistema imunológico, que faz com que as células de defesa ataquem os neurônios. A maconha alivia todos os sintomas. Ninguém entende bem por que ela é tão eficiente, mas especula-se que tenha a ver com seu pouco compreendido efeito no sistema imunológico.


Dor
A canabis é um analgésico usado em várias ocasiões. Os relatos de alívio das cólicas menstruais são os mais promissores. Para a Espondilite Anquilosante é fantástica, e não prejudica os rins, principalmente para aqueles que já tem problemas renais crônicos  graves e não suportam mais analgésicos e anti-inflamatórios, muito pelo contrário, em crises  renais extremamente dolorosas age como excelente analgésico.


Glaucoma
Essa doença caracteriza-se pelo aumento da pressão do líquido dentro do olho e pode levar à cegueira. Maconha baixa a pressão intra-ocular. O problema é que, para ser um remédio eficiente, a pessoa tem que fumar a cada três horas, o que não é prático e pode ser nocivo. Há estudos promissores com colírios feitos à base de maconha, que agiriam diretamente no olho, sem afetar o cérebro.


Ansiedade
Maconha é um remédio leve e pouco agressivo contra a ansiedade. Isso, no entanto, depende do paciente. Algumas pessoas melhoram após fumar; outras, principalmente as pouco habituadas à droga, têm o efeito oposto. Também há relatos de sucesso no tratamento de depressão e insônia, casos em que os remédios disponíveis no mercado, embora sejam mais eficientes, são também bem mais agressivos e têm maior potencial de dependência.


Dependência
Dois psiquiatras brasileiros, Dartiu Xavier e Eliseu Labigalini, fizeram uma experiência interessante. Incentivaram dependentes de crack a fumar maconha no processo de largar o vício. Resultado: 68% deles abandonaram o crack e, depois, pararam espontaneamente com a maconha, um índice altíssimo. Segundo eles, a maconha é um remédio feito sob medida para combater a dependência de crack e cocaína, porque estimula o apetite e combate a ansiedade, dois problemas sérios para cocainômanos. Dartiu e Eliseu pretendem continuar as pesquisas, mas estão com problemas para conseguir financiamento, dificilmente um órgão público investirá num trabalho que aposte nos benefícios da maconha.


O primeiro registro do contato entre o Homo sapiens e a Canabis sativa é de 6 000 anos atrás. Trata-se da marca de uma corda de cânhamo impressa em cacos de barro, na China. Os chineses conhecem há pelo menos 2 000 anos o poder curativo da droga, como prova o Pen Ts'ao Ching, considerado a primeira farmacopeia conhecida do mundo. O livro recomenda o uso da maconha contra prisão de ventre, malária, reumatismo e dores menstruais. Também na Índia, a erva já há milênios é parte integral da medicina ayurvédica, usada no tratamento de dezenas de doenças. Sem falar que ela ocupa um lugar de destaque na religião hindu. Pela mitologia, maconha era a comida favorita do deus Shiva, que, por isso, viveria o tempo todo "chapado". Fumar “bhang” seria uma forma de entrar em comunhão com Shiva.
O Hinduísmo não é a única religião a dar destaque para a canabis. Para os budistas da tradição Mahayana, Buda passou seis anos comendo apenas uma semente de maconha por dia. Sua iluminação teria sido atingida após esse período de quase-jejum. Com a proibição do álcool entre o povo de Maomé, iniciou-se uma acalorada discussão sobre se a maconha deveria ser banida também. Por séculos, consumiu-se canabis abundantemente nas terras muçulmanas até que, na Idade Média, muitos islâmicos abandonaram o hábito. A exceção foram os sufi, membros de uma corrente considerada mais mística e esotérica do Islã, que consideram a canabis fundamental em seus ritos.
O historiador latino Tácito, que viveu no século I d.C. relata que os citas, um povo da atual Turquia, tinham o costume de armar uma tenda, acender uma fogueira e queimar grande quantidade de maconha. Daí ficavam lá dentro, numa versão psicodélica do banho turco.
Graças ao contato com os árabes, grande parte da África conheceu a erva e incorporou-a aos seus ritos e à sua medicina - dos países muçulmanos acima do Saara até os zulus da África do Sul. Os primeiros livros depois da revolução de Gutemberg foram impressos em papel de cânhamo. As pinturas dos gênios da arte eram feitas em telas de cânhamo (canvas, a palavra usada em várias línguas para designar "tela", é uma corruptela holandesa do latim canabis). E as grandes navegações foram impulsionadas por velas de cânhamo. Segundo o autor americano Rowan Robinson, autor de O Grande Livro da Canabis, havia 80 toneladas de cânhamo, contando o velame e as cordas, no barco comandado por Cristóvão Colombo em 1496. Ou seja, a América foi descoberta graças à maconha. Irônico.
"O Cristianismo afirmou seu caráter de religião imperial e, sob seus domínios, a única droga permitida é o álcool, associado com o sangue de Cristo".
Em 1798, as tropas de Napoleão conquistaram o Egito. Até hoje não estão muito claras as razões pelas quais o imperador francês se aventurou no norte da África. Mas pode ser que o principal motivo fosse a intenção de destruir as plantações de maconha, que abasteciam de cânhamo a poderosa Marinha da Inglaterra. O fato é que coube a Napoleão promulgar a primeira lei do mundo moderno proibindo a maconha. Os egípcios eram fumantes de haxixe, a resina extraída da folha e da flor da maconha constituída de THC concentrado. 
No Brasil, a planta chegou cedo, talvez ainda no século XVI, trazida pelos escravos (o nome "maconha" vem do idioma quimbundo, de Angola, mas, até o século XIX, era mais usual chamar a erva de fumo-de-angola ou de djamba, nome também quimbundo). Por séculos, a droga foi tolerada no país, provavelmente fumada em rituais de candomblé, macumba e quimbanda (teria sido o presidente Getúlio Vargas que negociou a retirada da maconha dos terreiros, em troca da legalização da religião). Em 1830, o Brasil fez sua primeira lei restringindo a planta. A Câmara Municipal do Rio de Janeiro tornou ilegal a venda e o uso da droga na cidade e determinou que "os contraventores serão multados, a saber: o vendedor em 20 000 réis, e os escravos e demais pessoas, que dele usarem, em três dias de cadeia." Note que, naquela primeira lei a pena para o uso era mais rigorosa que a do traficante. Há uma razão para isso. Ao contrário do que acontece hoje, o vendedor vinha da classe média branca e o usuário era quase sempre negro e escravo.

Segundo dados da ONU, milhões de pessoas são usuários da maconha no mundo, o que faz dela a terceira droga psicoativa mais consumida do mundo, depois do tabaco e do álcool. A droga é proibida em boa parte do mundo, mas, desde que a Holanda começou a tolerá-la, na década de 70, alguns outros países europeus seguiram os passos da descriminalização. Itália e Espanha há tempos aceitam pequenas quantidades da erva.O Reino Unido acabou de anunciar que descriminalizou o uso da maconha, a droga será apreendida e o portador receberá apenas uma advertência verbal. 
Portugal endureceu as penas para o tráfico, mas descriminalizou o usuário de qualquer droga, desde que ele seja encontrado com quantidades pequenas. Porte de drogas virou uma infração administrativa, como parar em lugar proibido.
Nos últimos anos, os Estados Unidos também mudaram sua forma de lidar com as drogas.  

Há possibilidades de uma mudança no tratamento à maconha? "No Brasil, não é fácil", diz Maierovitch, que, enquanto era secretário nacional antidrogas do governo de Fernando Henrique Cardoso, planejou a descriminalização. "A lei hoje em vigor em Portugal foi feita em conjunto conosco, com o apoio do presidente", afirma. A idéia é que ela fosse colocada em prática ao mesmo tempo nos dois países. Segundo Maierovitch, Fernando Henrique mudou de idéia depois. O jurista afirma que há uma enorme influência americana na política de drogas brasileira. O fato é que essa questão mais tira do que dá votos e assusta os políticos, e não só aqui no Brasil. O deputado federal Fernando Gabeira, é um dos poucos identificados com a causa da descriminalização.No remoto caso de uma legalização da compra e da venda, haveria dois modelos possíveis. Um seria o monopólio estatal, com o governo plantando e fornecendo as drogas, para permitir um controle maior. A outra possibilidade seria o governo estabelecer as regras (composição química exigida, proibição para menores de idade, proibição para fumar e dirigir), cobrar impostos (que seriam altíssimos, inclusive para evitar que o preço caia muito com o fim do tráfico ilegal) e a iniciativa privada assumir o lucrativo negócio. Não há no horizonte nenhum sinal de que isso esteja para acontecer. Mas em consulta ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, verificou-se que a Souza Cruz registrou, em 1997, a marca Marley. Fica para o leitor imaginar que produto a empresa de tabaco pretende comercializar com o nome do ídolo do reggae. 

 

Concluindo pergunto?


- Além do exposto, quem mais teria interesse em mantê-la proibida e por quê?

 -Essa é fácil. Quem a comercializa atualmente, o crime organizado. O motivo é o faturamento com ela, que, diga-se de passagem, entre suas atividades criminosas é a que mais dá lucro em escala, financiando de forma clara todas as suas outras atividades. Por exemplo, equipando-os de armamentos de ponta usados pelos exércitos do planeta. É só notar o aumento da violência tecnológica em todo o planeta.  Nunca esqueçamos que se há consumidor sempre haverá o fornecedor. A última coisa que eles querem e a legalização. Então não legalizar é manter esse rio de dinheiro que alimenta o crime. Não tem lógica, isso é obvio. Então porque não liberar a canabis? Enquanto dermos caça aos traficantes nas favelas, guetos e periferias estaremos atacando só o corpo do tráfico. Se quisermos atacar a cabeça, os verdadeiros controladores e donos do tráfego deveríamos nos concentrar nas coberturas e mansões de bairros nobres das cidades onde moram as pessoas influentes e economicamente poderosas. O que também não resolveria pois como a Hidra de Lerna se cortarmos a cabeça logo nascem mais duas. Multiplicando o volume do que é veiculado pelos números oficiais de apreensões pelo valor de mercado verificaremos que chegaremos em valores fantásticos, e estamos usando somente o montante que foi apreendido, pois não temos os valores consumidos que logicamente devem ser muito maior. 

Para onde vai esse dinheiro? Se todo ele estivesse nas favelas e periferias iríamos ver traficante de helicópteros, carros de luxo importados etc. mas isso não acontece.

- Porque o poder controlador sabendo que cientificamente não existem problemas maiores com o uso e que o maior beneficiário da ilegalidade da canabis é o crime organizado, ainda insiste em manter a Maconha totalmente proibida?

Essa resposta é um pouco mais complexa. 
Novamente "controle social", constatou-se em várias pesquisas que as drogas psicoativas alteram as sinapses neuronais, porém algumas alteram de forma significativa, entre elas a Maconha. Esse incremento nas alterações normalmente afetam especialmente os sistemas cognitivos aumentando a capacidade de perceber situações onde estão inseridos. Ou seja todos as mentiras e conspirações por ele patrocinadas poderiam ficar mais expostas e portanto muito mais fáceis de serem percebidas. O que seria fatal para a continuidade dele.



Portanto a única solução verdadeira e plausível é acabar com toda essa hipocrisia e liberarmos de vez a Maconha.



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